quarta-feira, 10 de abril de 2013

Uma viagem nesse dia branco

Ontem e hoje fiquei ouvindo Geraldo Azevedo. Ele tem várias músicas que eu amo. São lindas, sensíveis, delicadas. A minha preferida sempre foi "Moça Bonita" . Gostava de pensar que casaria com o homem que cantasse ela pra mim, dançando forró comigo! rsrsrsrs
Hoje, no entanto, outra música me chamou a atenção, enquanto eu cozinhava e lavava a louça (momento raro!). Apesar de ter feito um dia meio cinza, a música que tocou (e me tocou) foi "Dia Branco". Sempre achei a melodia bonita e a letra também. Dessas letras que são verdadeiras declarações de amor.

"Se você vier
Pro que der e vier comigo
Eu lhe prometo o sol
Se hoje o sol sair
Ou a chuva
Se a chuva cair
Se você vier
Até onde a gente chegar
Numa praça na beira do mar
Num pedaço de qualquer lugar
Nesse dia branco
Se branco ele for
Esse tanto
Esse canto de amor
Se você quiser e vier
Pro que der e vier comigo"

O final tem outra variação:

"Esse canto
Esse tão grande amor
Grande amor
Se você quiser e vier
Pro que der e vier comigo
Comigo, comigo"

Parece uma música sobre promessas, juras de amor. Mas hoje percebi que não. É justamente o contrário! Geraldo fala de um (grande) amor sem promessas: "eu lhe prometo o sol se hoje o sol sair, ou a chuva, se a chuva cair", "nesse dia branco, se branco ele for". É como se dissesse: "não posso prometer nada se você vier comigo". Talvez a única promessa seja de um "grande amor" se ela aceitar ir com ele "pro que der e vier". Aliás, essa expressão reforça a ideia de encarar um futuro desconhecido, em aberto, sem mais promessas.

Pra mim ele fala de um grande amor, simples e sem promessas futuras ("até onde a gente chegar, numa praça na beira do mar, num pedaço de qualquer lugar"). Lindo demais!

Minha singela interpretação :-)


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